DEUS E OS CELULARES...

SE DEUS não é real, o que é então? Se a invisibilidade detrai a credibilidade, neste caso seria necessário descartarmos como “irreais” a maioria da tecnologia que nos cerceia.

Ora, francamente falando, não me parece coerente que Deus seja menos merecedor de crédito do que o invisível, e para tantos leigos, incompreensível, eletromagnetismo dos celulares. A não compreensão, neste caso, não nos impede de aceitá-los e nem de manuseá-los.

Por falar nisso, se somente o "mensurável" e "compreensível" for digno de legitimidade, deve-se portanto descartar como "inexistentes" mais de 96% de toda a energia que constitui o Universo como, por exemplo, as chamadas energia escura e força escura, detectadas, porém amplamente desconhecidas pela moderna ciência de laboratório. Ou seja, a mesma "lógica" ferina que descarta Deus do cenário da plausibilidade, deveria também descartar a misteriosa existência geral na qual figuramos.

Falando novamente na tecnologia atual, é curioso observar que ateus creem nos celulares, dispositivos cujos mecanismos eles mesmos não dominam, mas ainda assim utilizam-nos em larga escala sem qualquer relutância, e negam-se a acreditar em Deus. Seria essa uma questão de que aparelhos celulares tornaram-se mais convenientes do que Deus nesta sociedade?