Outra.
Lembrar todos os dias ao amanhecer
que o gosto do café não é mais o mesmo.
Ninguém o adoça como ela.
Ou açúcar por demais ou por menos.
Desisto de esquentar meu dia
corro para sufocar minha dor
em alguma dessas modernidades.
Ela está lá
curtiu o que compartilhou seu companheiro
e o correspondeu com um - nunca estive tão feliz - soquei a tela
no quarto como criança enfiei as fuças no travesseiro e chorei.
Só podia pensar no quão incapaz fui de dar-lhe felicidade.
Regenero algum tipo de sentimento que ainda resta de fé e volto.
Uma rotina me espera e no quadrado que enclausura minha face
e no balanço do corpo que não dança e sim cansa
desse ônibus a avisto. Atravessa a rua, flutuando num sorriso.
Não foi o sorriso que lhes causei.
É outro. É novo. Veio depois da dor. E veio mais forte.
Mais cor. Mais amor. É feliz.