Flutuar Espelho do tempo

Em silêncio profundo, vejo contemplar.

Meu ser levemente absorvido por um instante mágico

Conduzido por um transe sutil sinto tatuar o espelho do tempo.

Cruzo fronteiras, navego pelas ondas do tempo.

Por montanhas penhascos gélidos. Flutuo.

Ainda que eu tente me agarrar, o silêncio, o ar gélido da montanha, presente em minha viagem, me faz real em meu sonho.

Tenho sensação de não estar com pés no chão.

Sinto estar indo á frente de um tempo não presente.

Esse tempo para mim é o futuro... E eu agora transfigurado em sonhos.

Qual razão desse fluxo conduzir minha mente?

Estou entre sonho e realidade, mas, desperto.

Em um instante que contemplo um silêncio dentro de mim.

Tenho consciência da realidade em dois mundos.

Estou presente, e o outro lado dessa realidade se faz em mim.

Meu corpo moldado em toda paisagem.

Parece ser pedras, montanhas, o ar que flutuo, e toda emoção em mim.

Tenho plena consciência que sou, enquanto me desmancho pela paisagem.

E cada vez que tento decifrar o indecifrável , mergulho no espelho do tempo.

Sugado pela matéria parece diluir em minúsculas partículas.

E quando tento tocar e certificar minha realidade, o intocável vem permear.

Distante de mim, mas em mim.

Estendo as mãos e não posso tocar.

Vejo-me. Meu corpo deitado em sono tranquilo.

Repentinamente, o sol parece brilhar, sinto acordar.

Leveza, tranquila manha cheia de luz solar diante de mim.

O sonho fez revelar, descanso, paz e um belo flutuar.

jrobertomxnomvm
Enviado por jrobertomxnomvm em 21/07/2013
Reeditado em 21/07/2013
Código do texto: T4397598
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.