Jamais será o bastante
Jamais será o bastante
A cumplicidade é o orgasmo da alma, o momento em que as fronteiras de dois seres se rompem e se refazem com calma. É o êxtase metafísico, além do carnal, é a comunhão plena da energia vital. É ver o outro não como extensão e sim parte integrante, desejar que o tempo pare naquele mágico instante, perceber que a areia não escorre mais da ampulheta e que nada nem ninguém poderá sequer arranhar o diamante, tudo muda de agora em diante, substitui-se o arquétipo do infante pelo amante e tudo que eu ousar escrever ou descrever jamais será o bastante. Esqueça a teoria, viva e siga adiante.
Leonardo Andrade