O que sou?

Olhar para o horizonte, seguir em frente, é fácil dizer, difícil de fazer, o tempo nos ensina muito, nos ensina como não ser, como não agir, como não viver. Por tantas vezes busquei ser mais do que sempre fui, busquei ser íntegro, busquei ser aquilo que sempre sonhei pra minha vida. Perdi conta das vezes, que me perdia em meio aos romances dos livros, onde o homem verdadeiramente tratava a mulher como ela merecia, quantas foram as vezes que eu, após assistir um romance fica imaginando minha vida daquela forma.

Mas o mundo não é um romance, e talvez ele nem tenha lugar para um romance, afinal, todos somos falhos, possuímos uma duplicidade que muitas vezes se torna implícita em nossa face, muitas vezes pregamos algo que achamos ser, mas que não somos.

Amor, ódio, gentileza, falta de caráter, coisas tão relativas, que muitas vezes se misturam, e acabam por suprimir o coração, quantas vezes eu mesmo, não me declarei defensor do amor, da pura essência do amar, da verdade estampada neste tão singelo e verdadeiro sentimento, e no mesmo instante pecava contra minhas palavras, agindo de forma incoerente com o que anunciava.

E no fim? O que nos resta? É..... quando compreendemos um pedaço do que somos, no encontramos com um vazio, um vazio do coração, diria até que da alma. Um vazio certas vezes impreenchível, incurável.

Como é dificil nos depararmos com nossa natureza ( essência ) humana, nossa natureza tão errada, tão falha, tão miserável. Como é difícil olhar para o espelho, e ver uma face que você não reconhece, como é difícil, acordar no meio da noite sentar na cama e se perguntar, quem sou eu? E mais difícil é não ter uma resposta pra essa pergunta.

Jeferson Galvani
Enviado por Jeferson Galvani em 17/07/2013
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