benzedeira
Deixa eu curar teu mau olhado com meu olhar que só bem te vê.
Levo o sal grosso pra tirar o gosto amargo desses tempos
A mágoa a gente lava com a água benta das fontes de minha mãe
Arruda, canela, catinga de mulata, alecrim, tudo o que é cheiroso pra perfumar teu corpo e tua alma
Vem, me dá a mão, deixa eu ser teu patuá
Deixa meu beijo sarar onde dói
Deixa meu amor transgredir/transmutar teus rancores
Acredita, não é amor fajuto de três dias, nem paixão cururu de boca de sapo. Meu silêncio não é descaso, é que to despindo meu coração dos orgulhos. Aqui dor de cotovelo não tem mais vez. Só tem espaço pro amor que cura e liberta. O amor que bem quer.
(20.04.2013)