Sábado a noite.

Uma bela moça se aproxima e pergunta:

- Quem é você mesmo?

Empertigada respondi de forma automática, ríspida.

Apanhei meu copo ainda cheio e rumei para fora.

Abriguei-me em meu refúgio externo que internaliza os momentos de urgência.

Desatenta e desinteressada, observei a fumaça do cigarro desenhando o ar.

O vento se fazia gelado, dolorido.

A chuva incessante, tediosa.

Um questionamento mórbido e clichê me fez refletir por horas:

- Quem era eu naquele lugar? O que eu estava fazendo lá?

A música que já não era de qualidade, perdeu o sentido.

O clima, as pessoas e as intenções tornaram-se enfadonhas.

Os momentos posteriores a pergunta não fizeram mais sentido...

Como se outrora já tivessem feito!

Ligiana Ignácio
Enviado por Ligiana Ignácio em 15/07/2013
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