No sofrimento
Lágrimas amargas desceram pela minha face e molharam-me o rosto como nenhuma agua havia molhado antes. O gosto amargo fazia com que mais lágrimas saíssem e no sofrimento encontrei-me, sem saber porque nem onde, apenas estava sofrendo, deitado, em prantos sem ninguém ao meu lado.
Enquanto as lágrimas desciam e o constante pensamento de suicidio atormentava minha mente, minh'alma encontrava-me perdido, sozinho, desprotegido, totalmente vulneravel.
Queria alguém ao meu lado, para me dar o abraço que me confortaria, memso fazendo com que as lágrimas amargas descessem com mais avidez. Alguém para me proteger.
A vulnerabilidade foi de tamanha proporção que aos pouco me colocava em posição fetal para conseguir algum conforto de mim para mim mesmo. E sempre foi assim.
Sou sozinho. Cresci praticamente sozinho e morerrei sozinho, prevejo meu futuro turvo e vagamente, mas prevejo, infelizemente. Vejo algo bom, mas vejo algo ruim se aproximando.
Toda a dor não é envão, mas toda dor me faz querer morrer, todos os dias, me jogar de uma ponte qualquer ou tomar todos os remédios trajas preta que me foram receitadas.
E será que esse será meu fim? Com uma overdose de remédios? Com uma overdose de drogas que até hoje nunca cheguei a usar?
No meu fim se encontrar a incognita de que eu nunca saberei como terminarei, nem como começarei, só chega ao meu conhecimento o que estou fazendo no momento que por conta de minha inconsequencia nem me dou conta de certas atitudes. Mas ao meu fim deixo a maldita incognita que me tira o sono e dar-me dores horriveis de cabeça.