o amor
O amor de sempre não veio, porque não vem quem sempre esteve. Mas dormiu silencioso, vagabundo de indiferenças inéditas em simetria. O amor artista, sequestrador, assistiu, dolorosamente desencorajando-se, aos amores remanescentes. O amor mais carente, adormecido 3 primaveras, voltou eloquente, mas sabendo que não vinga. O amor de inércia acompanha de longe, sem acelerar por si mesmo, mas cuida da própria vida. O amor de contexto se alivia a qualquer pretexto, mas sempre se arrepia. O amor esfarrapado tem sua graça de ser, mas não chega a amor. O amor a qualquer custo é o mesmo que não apareceu, porque é caro demais. Mas, o amor amigo, desapaixonado, segue seguro e liberto, insuficiente, sempre presente.