Desabafo tristonho

Minhas mãos imploram que escreva,

Meus dedos ficam inquietos, doloridos,

Seguro-me para não escrever tanto,

Meus sentimentos afloram-se nas frias madrugadas,

Em que sinto um turbilhão de emoções,

Um pouco de solidão e saudade me inspiram,

Gosto de ser assim noturna,

Faço tudo muito melhor à noite,

Ouço músicas que gosto, e que estou conhecendo agora,

Você me trouxe lembranças de músicas que estiveram esquecidas dentro de mim, e me despertou a vontade de ouvi-las novamente,

E é claro, que é inevitável pensar em você,

Sei que esteve pensando em mim no domingo,

Também sei que lembrou de nós,

Também sei que sentiu minha falta,

E falta dos carinhos que são apenas teus,

Estou guardando minha saudade,

Num choro contido e emocionado,

Com um nó apertado em minha garganta,

E lágrimas que seco antes que rolem,

As seco ainda em meus olhos,

Me conheceu melhor em nosso último encontro,

Conheceu um lado que nunca quis que visse,

Meu lado tristonho e carente,

Juro que não queria que conhecesse esta parte minha,

Tenho sido teu porto seguro,

Que não te leva problemas, e sim soluções,

Que te faz rir das piores situações,

Mostrando-me bem resolvida, te apoiando em tudo,

Tenho sido teu ombro mais amigo e fiel,

E você o meu,

Mas na última vez estava tomada por um sentimento de tristeza,

Você me conhece tanto que quis saber tudo,

Contei o drama, você percebeu,

Que sou mulher frágil e vulnerável,

Que visto uma máscara, mas que às vezes me canso,

De ser forte o tempo todo,

Também quero ser cuidada, me sentir segura,

Ser abraçada e desejada,

Você me faz sentir linda,

Me arranca sorrisos largos,

Risadas tão gostosas,

Por isso sinto sua falta,

Queria que minha vida fosse apenas risos,

Beijos, abraços de urso,

Noites de amor,

Com banhos de chuveiro quentinho,

Conversas boas e desabafos,

Ao seu lado o tempo voa,

Desejo que quando estivermos juntos o tempo pare,

Para que possamos desfrutar apenas de nós dois,

E esse sentimento grandioso que ainda não sabemos ao certo nomeá-lo,

Podemos chamar de qualquer nome,

Pois sua importância é de tanta valia,

Que nome é indiferente,

Que este sentimento perdure pela eternidade,

Em meu peito gravei seu nome,

E tua amizade sei que será eterna,

E dizemos que somos irmãos de alma,

Pois somos muito parecidos,

Me perdoe amigo,

Por sem querer às vezes me confundir um pouco,

E ter audácia de pensar que um dia me queira além da cama,

Me queira para ser tua,

Sei que fato tão absurdo jamais ocorrerá,

Assim conformo-me, pois meu você nunca foi,

E nem nunca será inteiramente,

Será apenas momentaneamente,

Deseja-me como a todas,

Por isso deixei de ser especial,

Quando cedi aos teus encantos, que são tantos,

E me entreguei de corpo, alma e coração puro,

E ocupo um pequenino espaço em teu cotidiano,

Que tem me sido suficiente,

Mas saudade está apertando menino da voz rouca,

Desejo-te cada vez mais,

Mas não quero, eu acho.

Prezo por tua amizade tal como o ar que respiro agora.

Sua Cris.