DIGINIDADE DE VIDA... PRODUTO TIPO IMPORTAÇÃO?
Mais tantas outras cenas repetitivas e chocantes pontuam a triste realidade da cidade de São Paulo, nossa megalópole palco dos sonhos de tantos irmãos brasileiros e estrangeiros que aqui vieram buscar melhores condições de vida, nos deixam muito tristes e cada vez mais perplexos com o rumo dos acontecimentos.
O rescaldo do recente incêndio da comunidade de Heliópolis deixa evidente ao nosso céu aberto mais centenas de famílias sem terem para aonde ir.
São pessoas de todas as idades, crianças, idosos, pais e mãs de famílias, animais de estimação, todos ao léu e a reboque duma situação social crescente e incontida quanto às perenes mazelas que só crescem e muito desafiam os getores públicos.
O que nos chama a atenção é que nos últimos tempos o número de incêndios em comunidades só alavanca, provavelmente pelo crescimento desordenado do ponto de vista infraestrutural e nos levanta a seguinte pergunta cidadã:
O que tem sido feito efetivamente para se evitar tragédias nessas comunidades?
Será que frente a tantos recurssos arrecadados pelo município não teríamos como a alocar as pessoas com dignidade?
Paliar com quatrocentos reais para o aluguel das famíias...é resolver problemas? Onde existe aluguel por quatrocentos reais?
Qual seria o trabalho preventivo da defesa civil?
Temos pernas técnicas para amparamos tamanho problema social URBANO?
Há ao menos fiscalização das instalações elétricas, das que constam ser as causas mais frequentes das labaredas que engolem histórias e vidas em segundos?
Como se interromper essa bola de neve de enorme custo social e humanitário que aqui cada vez mais se agiganta a desenrolar tantos outros problemas sociais em cascata?
Será que, a exemplo da nova moda das importações, teremos que importar...dignidade social, a tempo de resolver o problema com mais rapidez e eficiência?