Quando não está só

Qual seria o motivo do pensar

Se não procurar por algum sentido

Descobrir o novo ou lembrar

Mudar o rumo e virar na esquina

Dobrar o infinito imutável

As perguntas que estão no interior

São as mesmas que refletem no exterior

Selvagem domando o espírito

Brincando de sorte com o destino

Calcula os dias com a ampulheta

Se aventurando no desconhecido

Não fala pois desconsidera os sons

Com os sinais descobre o mundo

Que a sua volta ainda existe

Fala com estranhos no caminho

Dividindo palavras escritas

Encontra verdades de mentira

Gosto do amargo doce

Um recado que não se espera

Debruçado na janela

Vê o mundo girar silenciosamente

Fecha os olhos para o que não vê

E se concentra nos detalhes

Aquela voz do seu eu que não se cala

Histórias de sonhos perdidos

Uma peça teatral de apenas um ato

Todos os passos pesam no tempo

Pois reconhece quando não está só

kdu
Enviado por kdu em 09/07/2013
Código do texto: T4378999
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.