Hora da ira
Hora da ira!
Na falha a navalha espelha
Reflexo da face que caça
Com corte da morte nos pulsos se espalha
Como chama em palha o sangue escapa
Desliza no rosto marcado, a lágrima pinga na lâmina.
Hora da ira!
Na vida vivida sofrida
Ferida que não cicatriza
Amarga lembrança pensada
Tristes noites mal dormidas
Pulsos agora coloridos de uma cor vermelha viva
Hora da ira!
Escravo marcado a ferro
A fera agora se ira contra quem o feria
A lâmina corta majestosa, escutam-se gritos e vozes dolorosas.
E antes quem chorava fere com alegria. Os chicotes se calaram!
O liquido vermelho vivo agora em vermelho morto
Escorre na vala levando com sigo as velas acesas que agora cortejam quem antes matava!