QUERIA PARTIR DE MIM

NA TARDE DE 05 DE JULHO DE 2013

Queria partir de mim já que, estando em mim, nada deu certo, por lado nenhum, por caminho nenhum, em lugar nenhum, mas, não há tal partida como coisa possível, a não ser pela morte, talvez nem pela morte e eu... bem, admito minha covardia: apesar de tanta falência, não quero morrer agora; que tal só aconteça no tempo de acontecer.

Então, permanece o problema de existir sem estar, de estar onde não se é, sabendo-se que em qualquer outro lugar a essência dessa dor não poderia nem conseguiria desaparecer. A ausência de mim está em mim, não importa o lugar onde eu não esteja. Onde quer que eu não estivesse persistiria a ausência de mim.

Quando a ausência começou? A sabedoria disso é para deuses e eu... nem sei que espécie de coisa sou... que espécie de coisa me tornei.

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