Ecos





Meus ais são dolentes
São todos frementes
Tanto e de tal forma
Que irrompem pelas paredes

Repousam pelos meus meios
Dormitam em meu travesseiro
Trazendo o teu gosto
E também o teu cheiro

E desencadeiam pela madrugada
Trazendo-me o frio
Sem a tua chegada

E se multiplicam
Por toda a minha cama
Em todas as noites em que tu não me amas.