DE APROXIMAÇÕES E DE FUGAS

AINDA NA MANHÃ DE 30 DE JUNHO DE 2013

PENSAMENTOS – 15

“Como vencer o oceano/ se é livre a navegação/ mas proibido fazer barcos?”

“Depois de tantas visões / já não vale concluir /se o melhor é deitar fora / a um tempo os olhos e os óculos.”

Versos do poema ROLA MUNDO, de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, no livro ROSA DO POVO.

Assim nossa vida, de sonho que nos nutriu e devorou; assim nossa vida, de fugas, de aproximações; assim nossa vida, de se desdizer dizendo, de desdizendo se dizer.

Assim nosso esvaimento que nunca se esvai; assim nossos resíduos que nunca deixam de se juntar.

Assim nossa música, que jamais se completou.

Assim nosso medo, que nos matando todo o tempo, jamais assassina de vez a nossa eternidade sempre por um fio. A nossa eternidade sempre por um fio.

Escrita na quase manhã deste 30 de junho de 2013.