Minha escrita, minha arma

Encontro-me em pleno processo de desconstrução, de construção e mesmo de reconstrução do que sou e do que atrevi me tornar.

A todo tempo desconstruo verdades frágeis e afáveis, que me inebriaram por algum insanável bom tempo

Construo-me por meio de pedaços de mim que se desfizeram entre algumas batalhas, algumas revoltas, alguns desconcertos do acaso e da prévia do destino,

Reconstruo como forma de me encontrar, de chegar ate mim, por meio de caminhos já percorridos, porém não ultrapassados no tempo certo, na estrada que comecei e com o tempo retornei de onde supostamente teria saído,

Sou o resultado de tudo, a memória do que fui à lembrança do que serei e a certeza de quem realmente sou

Percebo-me como um guerreiro que sua vitória quer conquistar e em tempos de guerra passa a confrontar consigo mesmo

Defendo-me nem sempre como posso, mas com o que posso

Minha arma podem até ser considerada, por muitos, como incapaz, mas garanto que é letal, é pacifica, mas pode causar transtornos irreparáveis, como pode também trazer bens conciliáveis, surpresas inesperadas, como momentos esperáveis

Todo guerreiro se defende como pode, com a arma que possui, com a armadura que carrega e o fardo que suporta,

Muitos se defendem com palavras, alguns as usam como ataque,

Muitos usam parte de sua experiência, alguns de sua rebeldia

Minha arma é a escrita, a uso como defesa, mas quando necessário

a manejo como ataque, não para ferir, mas como forma de defesa mesmo sabendo que ao nos apossarmos de uma arma, ás vezes, atingimos porque queremos e ás vezes isso acontece de forma inevitável, sem que mesmo possamos controlar.

Independentemente das armas que seja usada, ou as palavras, ou a escrita e mesmo a experiência e a rebeldia, não interessa, se seja usada como defesa ou como ataque, toda arma ao ser manipulada, acaba por atingir alguém, de forma negativa mas também positiva. Tento usá-la de forma positiva, com o intuito de trazer a paz, de proporcionar coisas positivas, que provoque no próximo a necessidade de ir em busca de novos olhares, novas perspectiva.

Marcila Almeida
Enviado por Marcila Almeida em 29/06/2013
Código do texto: T4363950
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