DAS FLORES... Passei pelo jardim,
das folhas, bebi as
gotas d'água...
não matei a sede, retirei das rosas os espinhos,
ainda furei os meus dedos...
A dor muito funda!
Feriu o meu coração de tanta dor...
Ainda quis ficar com os lírios..
Esses porém não me pertenciam...
Voltei às rosas... As perdi, na demora
só me restaram os espinhos,
os juntei e segui, com os dedos em chama,
O coração sangrando,
Até entender que o amor precisa de um cúmplice...
Ah ... Falar sozinha, que louca,
Serei louca?
Mas, se for excesso de lucidez
não tenho por que me desculpar pela minha essência.
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