Devaneio
Esses dias, embriagada pelo sono, conversava com meu subconsciente e refletia na possibilidade da vida – ou da morte – serem uma piada de mau gosto de Deus. Fui procurar no meu horóscopo alguma notícia boa pra me acalmar. Achei restos de esperança traduzidos num mundo que eu acesso quando a vida terrena se torna muito pesada para mim. Quando o fardo se torna maior do que eu possa carregar, ou do que eu gostaria carregar. Por vezes me sinto como uma filha ingrata, que grita aos céus e berra com o pai pedindo por explicações e por coisas desnecessárias. Desnecessária é essa insistência do mais do mesmo, do mais de qualquer coisa, do mais do ‘’eu’’ que não acorda, do mais do ‘’eu’’ que não vive. Do mais. Do menos. Do igual.