Uma confissão

Com sua partida como companhia ficou-me a reflexão

Um pensar profundo dentro de mim, em minha alma, a perplexão,

O que me fez nascer o desejo e necessitar um beijo teu a te sentir?

O que fez provocar em mim o desejo no beijo presenteado entre todos que já recebi?

Como te ver tão delicada e de coração tão exposto e rasgado para mim?

De sentimentos escancarados, de emoções estampadas, de um sentir tão intenso e profundo,

Que poderosa força de seu interior fez-me esquecer das coisas que em mim faltavam e querer dar?

Simples. Tão claro como essa luz que ilumina a mesa onde escrevo essa confissão,

Era a própria vida conversando comigo, a minha frente, olhando em meus olhos,

Era a própria intensidade em pessoa fazendo acelerar meu coração,

Era a própria beleza vestida de mulher oferecendo-me o rosto ao carinho,

Era o próprio sentimento desnudo e encravado na delicadeza da mão que ofertava suavidade, ternura, meiguice e afeto em carícia.

O que fazer com tantos sentimentos jorrados e esguichados, sensações esparramadas e derramadas, desejos inconfessáveis e ocultos, uma vontade de mergulhar em teu interior borbulhante e cheio de vida, buscar-te em tuas profundezas nessa tamanha força que sentia explodir a flor da pele?

Penso em apenas uma única resposta, que rodopia e dança na mente:

Viver em você

Viver você

Sentir você

Ter você...

Dar-me totalmente como tábua de naufrágio e fazer dela o mais lindo iate a velas feitas da própria alma.

Gilberto Gersttaz
Enviado por Gilberto Gersttaz em 27/06/2013
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