As palavras não se encerram
Não têm início e nem fim
Começam no contorno da sílaba
E fogem de si mesmas
Querem colorir o tempo
Na mágica do momento
Assumem determinadas formas
E delas transbordam
Coagulam-se perante a retina
E quando firmamos o pensamento
Elas já não estão mais lá
Escapam ao significado de outrora
São mutantes engenhosas
Moldando-se aos sentimentos
A luz dos olhos seus
Aos  perceptivos movimentos nossos
                         ACCO
 
Foca
Enviado por Foca em 23/06/2013
Reeditado em 23/06/2013
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