QUATRO COISAS:

NA MANHÃ DE 22 DE JUNHO DE 2013

de tudo o que dei

e não

de tudo o que recebi

e não

restam neste momento

no imediato das coisas

quatro coisas:

PERPLEXIDADE

DOR

MEDO

SOLIDÃO

talvez, quem sabe

também

alguma sobra de primavera

- recordação, esperança?

neste tempo severo

de inverno

- dentro, que lá fora há sol, ainda –

do inverno

a cobrir todas as coisas.