GIGANTES DA NAÇÃO ( PARTE 1 )
No dia 20 de junho de 2013, foi um dia muito importante para mim, e não só para mim, mas para toda a população brasileira que saiu para as ruas á manifestar seus ideais.
Chovia muito e eu estava trabalhando, muito ancioso e atorduado, para que chega-se a hora de gritar, eram palavras que estavam presas na minha garganta e no meu coração a 13 anos, quando eu com 10 anos já me questionava o porque que o Brasil tinha que ser assim?.
A hora não passava e o relógio nem se mexia, eu olhava para ele de dez em dez minutos.Chegou a hora do intervalo e logo a discução do que estava acontecendo e do que estava prestes a acontecer começou.Perguntas pra lá, respostas pra cá, e muito debate.Eu estava aguniado com aquilo, queria mesmo era pegar minhas coisas e partir para a guerra.
16hs da tarde e faltava apenas 2hs e 30min para a largada.Começei a cantar para ver se me acalmava.
17hs e 45 min, pouco tempo restava de minha permanência ali naquela prisão e eu já nem sabia quantas vezes eu havia olhado para o relógio.
18hs e 20min, agora sim, contagem regressiva para bater o cartão ponto e ir lutar ao lado de guerreiros de verdade.
18h e 30min, era chegado o grande momento.Bati o cartão, troquei de roupa rapidamente, peguei meus armamentos, liguei o rádio do meu celular para acompanhar tudo com precisão, porque havia uma mudança da rota dos ônibus.
Sai do trabalho, e uma grande chuva me esperava lá fora, e mesmo assim á enfrentei.Muitas pessoas não foram para as ruas por causa do frio, outras pela chuva, algumas por medo e muitas por não entender o que estava acontecendo.
Cheguei na parada de ônibus e o segundo ônibus que me apareceu, eu me joguei.Quando entrei dentro do veículo, me deparei com uma gurizada, com cartazes, ensaiando rimas para fazer bonito, eles dominavam 95% do ônibus, e naquela hora pude sentir que eu não estava sozinho.
Hora de descer! o motorista do ônibus seguiu ordens de não ir até o centro da cidade, pegando uma das principais avenidas, ele foi apenas até a antepenúltipa parada que dava em direção ao centro.Desci do veículo eufórico e cheio de energia, naquele momento a chuva estava mais forte, mesmo assim resolvi ir a pé de onde eu estava, porque não havia veículo de transporte( a não ser carro) que nos leva-se até o centro, e como eu não tenho carro, fui correndo encontrar o restante do pessoal que me agurdava lá, para começar-mos a gritaria.
No caminho em direção ao centro, um guri que estava no õnibus comigo, me perguntou se eu estava indo para o centro, eu disse que sim e rebati perguntando se ele tinha uma galera com ele, logo me respondeu que sim, mas não conseguia entrar em contato com o pessoal dele, logo eu disse á ele que, se quise-se poderia colar com agente, com o meu grupo, porque estavamos lutando pelo mesmo objetivo, pela mesma causa.Bom, esse guri logo recebeu um telefonema e foi ao encontro da sua galera e eu a minha.
Quando cheguei ao ponto de encontro, foi como se eu tivesse vencido um jogo, abraçei a galera e logo nos arma-mos, com apitos e narizes de palhaço, eu estava armado também com 4 cartazes que tinhá-mos preparado um dia antes do grande dia, e distribuí para a gurizada.
Armados até os dentes, fomos de encontro á massa, estava lindo, mais de 7 mil pessoas lutando pelo mesmo objetivo, é de arrepiar.Apitos, cânticos de "vem!vem!vem pra rua, vem contra o aumento vem!", bandeiras do nosso país, estava tão lindo...
Notamos uma bandeira diferente no meio da massa, era uma bandeira preta, com a letra "A" dentro de um círculo, adivinha só!, a bandeira dos ANARQUISTAS, logo eles deram o showzinho deles, subindo ensima da parada de ônibus e balançando aquela bandeira, a massa vendo isso logo começa-mos a vaiá-los.
Alguns metros na frente, os mesmos "A", jogaram um rojão no meio do público, e novamente o vaia-mos.
Seguindo a caminhada, fizemos o retorno e conforme a passeata se desenvolvia, nossos gritos de guerra se transformava, tipo..."Quem apoia, pisca a luz", ou "ÔÔÔÔ o povo acordo, 3x", e não precisava muito tempo para a galera dos apartamentos, casas e prédios nos apoiarem, piscando suas luzes...
Continua...