A liberdade não reside nas palavras
A liberdade não reside nas palavras, mesmo que as palavras tenham alguma força, muita força, a atitude, o comportamento e a ação são superiores as palavras. A verdadeira liberdade reside no espirito mental que nos faz ser quem somos. As palavras podem movimentar temporariamente, podem motivar, podem até mesmo ofender e intimidar, mas são os exemplos, o ato de se expor e caminhar na frente, de ser vanguardeiro no processo social que, realisticamente, jamais idealisticamente, sendo mesmo pragmático quando assim for necessário, para não nos perdermos na vã condição de gastarmos nosso tempo filosofando a origem dos pensamentos ou a verdade como interpretação pessoal, filosofando vãs filosofias que acabam a não levar a lugar algum, enquanto o que o mundo real necessita é mais do que, em primeira instância, justificar ou defender a liberdade individual, entendo-a necessária, mas o que realmente faz uma sociedade é a liberdade com responsabilidade, sendo a própria sociedade muito maior que o indivíduo.
A liberdade não reside nas palavras. Palavras, já o disseram muitos antes de mim, o que tem de fortes possuem também de vagas, o vento as leva, e o sentido das mesmas varia ao longo do tempo, ao longo da geografia, ao longo das camadas sociais, e mesmo dentro de uma mesma sociedade, as palavras variam em sentido e em intensidade, de grupo para grupo. Assim as palavras são, ao longo do tempo, necessárias para a transformação, porem é a ação que realiza e impõe as transformações. A liberdade reside em poder realmente falar o que eu queira, desde que o que eu queira seja suportado e limitado ao que eu deva, pela dignidade social. A liberdade reside muito mais ainda em poder fazer o que queira, desde que o deva, mais uma vez dentro da dignidade social. O bem social deve, e precisa ser maior que o bem ou a liberdade individual. Se eu não me ajusto ao bem social, que eu seja retirado deste meio, se você leitor não se ajusta pela dignificação do humano, não pelo humano em si, mas pela humanidade social que nos agrega, deve também ser retirado. Infelizmente, na verdade, por interesses e/ou por princípios econômicos, religiosos, culturais e mesmo por preconceitos e nacionalidades, acabamos por segregar os diferentes, por uma ditadura naturalmente imposta pela maioria.
Sou livre quando posso buscar minha felicidade, desde que esta participe da maximização da felicidade coletiva, ou que pelo menos não participe minimizando esta mesma felicidade social. Sou livre para amar, para crer ou descrer, para fazer minhas opções sexuais, para fazer sexo, para comer, sou livre principalmente para pensar (ainda é o maior exemplo de liberdade que me recordo, desde que eu não creia em um deus onisciente, porque aí, nesta situação, até mesmo o pensamento não será livre, pois o temor, a vergonha, ou o medo a este deus onisciente, serão patrulheiros ativos do que penso, restringido assim a maior das liberdades que possa possuir, que é o de pensar, em toda a profundidade, em todas as direções, na busca de um algo racional, de um entendimento crítico do que possa, aí sim, implementar como real em minha existência, como livre e responsável).
Sou livre desde que minha mente saiba que minha liberdade deve ser limitada ao escopo social. Minha liberdade de agir ou de falar deve ser envelopada no respeito, ao direito a mesma liberdade de todo e cada um próximo. Parece óbvio, é mesmo óbvio, mas a obviedade intelectualmente captada, no sentido da liberdade com responsabilidade, é muitas vezes esfarelada em nada quando meus interesses passam a estar em jogo.
É engraçado como a arrogância que nos move, nos faz ler o mundo exatamente como queremos. As transformações ocorrem sempre, ela é contínua, as vezes não linear. As transformações se sucedem e se interferem, e a maioria das vezes ocorre de forma lenta e consecutiva, mas em alguns casos ocorre por saltos. Muitas transformações ocorrem nos bastidores, sequer a percebemos, e são muitas vezes mais fortes que algumas visuais. A matemática, que muitos tememos, fez muito pela transformação, e sequer percebemos. Como exemplo, quando foi modelada a equação geral de onda, permitiu a outros intelectos perceber o eletromagnetismo, e daí para o rádio e a televisão, foi um pulo. A matemática é “inventada”, desenvolvida nos bastidores, como exemplo máximo de criação do intelecto humano, e permitiu transformações globais, com impactos diretos em nossa realização do viver. E isto aconteceu muitas vezes. A ciência que nada cria, que nada inventa, que nada produz de novo, também transformou o mundo. A ciência apenas percebe e busca provar o que já aqui existe e que talvez tenha sempre existido, e mesmo assim muito transformou. A transformação ocorre continuamente, nosso cérebro individual é plástico e está sempre se transformando, nos transformando continuamente, sou agora já um pouco diferente, transformado por assim dizer, do que eu era quando iniciei este texto, o fato de eu pensar, por si só, me transforma. Sou um ser altamente induzível, sou induzido por palavras, por atos externos, por percepções e etc. Se no nível do individuo sou um eterno transformado e um eterno transformador, na média social, esta transformação é muito mais lenta e muitas vezes transparente. Mas o Social é o aumento exponencial da complexidade do neuronal, o social “exponencializa” a complexidade do mental, e se o corpo vivo do social, que somos nós, cada uma de nossas mentes é uma espécie de organela neste ser social, e assim como quando um órgão meu sofre, alguma transformação no todo também se reflete. Quando uma mente sofre uma transformação, o social também se transforma, mas uma mente é um algo muito pequeno neste maravilhoso monstro social, que é o todo social.
A história mostra esta exata transformação. Fui simiesco, virei humanoide, virei erectos, habilis, sapiens, e estou no caminho de ser um novo sei lá exatamente o que. Comecei como replicador simples, bactéria, vivi no mar, cheguei a terra, fui anaeróbico, hoje sou aeróbico, a evolução biológica atua transformando os indivíduos, agindo no próprio indivíduo ou no grupo, e também por simbiose. A transformação é um fato contínuo. Transformar não significa melhorar, não significa ser mais ético, justo ou mais poderoso. Horas me transformo para melhor, horas para pior, e cada uma das transformações individuais refaz a transformação social, e esta atua como indutor de transformação individual.
Somente a cegueira prepotente pode afirmar que não existe esta tal de transformação, que é hipocrisia crer ser possível uma verdadeira transformação. Ela sempre esteve conosco, mesmo muito antes de que o primeiro ser pudesse ter neurônios ou mesmo capacidade para pensar, seja lá isto o que quer que seja. A transformação sempre foi nossa companheira, muito antes de sermos nós. A biologia, pelo menos uma vez esteve a frente da física, e foi quando Lavoisier afirmou, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, e hoje é um paradigma da física a lei da conservação, em especial da energia. Socialmente fomos nômades, patriarcais, fixamos morada, criamos bandos maiores, formamos sociedades, e hoje destruímos continuamente nossa sociedade e nosso lar. Fomos bandos, cidades estados, absolutismo, monarquia, democracia, república, parlamentarismo e etc.. Fomos politieistas, teístas, deístas, panteístas, monoteístas, agnósticos e ateístas. Fui católico, espirita e hoje sou materialista ateu.
A demagogia não nos leva a lugar algum, mas como tudo, até mesmo a demagogia nos transforma, nem que seja em seres mais banais, mais ridículos, mais hipócritas, mas falaciosos. A demagogia vista a luz dos ingênuos e dos ignorantes parece bela, é verdade, mas o que possui de bela realmente possui de perigosa e perniciosa, mas a demagogia de alguns, possivelmente minha ou de alguns dos meus leitores ou críticos, não é certeza de que é a demagogia de todos.
Não vejo o homem como um animal histórico. Sou um realista, vejo-o como um ser animal, neuronal e social, que vive unicamente o presente, mas não posso ignorar que o passado fez história, alias fez muitas histórias, e acabamos sempre, no geral, para os leigos, conhecendo apenas a historia dos ganhadores, dos perdedores sobra o descaso e muitas mentiras. Somente o vencedor conta a história vulgar. Eu prefiro ler o livro do presente, aquele que posso questionar diretamente, que possa experimentar, que possa reproduzir, do que ler o livro da história. Gosto muito de história, para tentar entender um pouco do que fomos, mas amo a realidade do momento presente como forma de realmente aprender o que somos. A leitura desta história, não da história dos fenômenos, superficiais, me mostra e corrobora minha crença de que a transformação é um fato comum em qualquer momento desde que o big bang aconteceu, primeiramente no nível subatômico, depois no nível atômico, depois no nível molecular, depois celular, depois biológico e depois social (da física fez-se a química; da química fez-se a biologia, da biologia fez-se o mental; do mental fez-se o social e daí pra frente ainda estamos transformando).
A liberdade não reside nas palavras, mesmo que as palavras tenham alguma força, muita força, a atitude, o comportamento e a ação são superiores as palavras. A verdadeira liberdade reside no espirito mental que nos faz ser quem somos. As palavras podem movimentar temporariamente, podem motivar, podem até mesmo ofender e intimidar, mas são os exemplos, o ato de se expor e caminhar na frente, de ser vanguardeiro no processo social que, realisticamente, jamais idealisticamente, sendo mesmo pragmático quando assim for necessário, para não nos perdermos na vã condição de gastarmos nosso tempo filosofando a origem dos pensamentos ou a verdade como interpretação pessoal, filosofando vãs filosofias que acabam a não levar a lugar algum, enquanto o que o mundo real necessita é mais do que, em primeira instância, justificar ou defender a liberdade individual, entendo-a necessária, mas o que realmente faz uma sociedade é a liberdade com responsabilidade, sendo a própria sociedade muito maior que o indivíduo.
A liberdade não reside nas palavras. Palavras, já o disseram muitos antes de mim, o que tem de fortes possuem também de vagas, o vento as leva, e o sentido das mesmas varia ao longo do tempo, ao longo da geografia, ao longo das camadas sociais, e mesmo dentro de uma mesma sociedade, as palavras variam em sentido e em intensidade, de grupo para grupo. Assim as palavras são, ao longo do tempo, necessárias para a transformação, porem é a ação que realiza e impõe as transformações. A liberdade reside em poder realmente falar o que eu queira, desde que o que eu queira seja suportado e limitado ao que eu deva, pela dignidade social. A liberdade reside muito mais ainda em poder fazer o que queira, desde que o deva, mais uma vez dentro da dignidade social. O bem social deve, e precisa ser maior que o bem ou a liberdade individual. Se eu não me ajusto ao bem social, que eu seja retirado deste meio, se você leitor não se ajusta pela dignificação do humano, não pelo humano em si, mas pela humanidade social que nos agrega, deve também ser retirado. Infelizmente, na verdade, por interesses e/ou por princípios econômicos, religiosos, culturais e mesmo por preconceitos e nacionalidades, acabamos por segregar os diferentes, por uma ditadura naturalmente imposta pela maioria.
Sou livre quando posso buscar minha felicidade, desde que esta participe da maximização da felicidade coletiva, ou que pelo menos não participe minimizando esta mesma felicidade social. Sou livre para amar, para crer ou descrer, para fazer minhas opções sexuais, para fazer sexo, para comer, sou livre principalmente para pensar (ainda é o maior exemplo de liberdade que me recordo, desde que eu não creia em um deus onisciente, porque aí, nesta situação, até mesmo o pensamento não será livre, pois o temor, a vergonha, ou o medo a este deus onisciente, serão patrulheiros ativos do que penso, restringido assim a maior das liberdades que possa possuir, que é o de pensar, em toda a profundidade, em todas as direções, na busca de um algo racional, de um entendimento crítico do que possa, aí sim, implementar como real em minha existência, como livre e responsável).
Sou livre desde que minha mente saiba que minha liberdade deve ser limitada ao escopo social. Minha liberdade de agir ou de falar deve ser envelopada no respeito, ao direito a mesma liberdade de todo e cada um próximo. Parece óbvio, é mesmo óbvio, mas a obviedade intelectualmente captada, no sentido da liberdade com responsabilidade, é muitas vezes esfarelada em nada quando meus interesses passam a estar em jogo.
É engraçado como a arrogância que nos move, nos faz ler o mundo exatamente como queremos. As transformações ocorrem sempre, ela é contínua, as vezes não linear. As transformações se sucedem e se interferem, e a maioria das vezes ocorre de forma lenta e consecutiva, mas em alguns casos ocorre por saltos. Muitas transformações ocorrem nos bastidores, sequer a percebemos, e são muitas vezes mais fortes que algumas visuais. A matemática, que muitos tememos, fez muito pela transformação, e sequer percebemos. Como exemplo, quando foi modelada a equação geral de onda, permitiu a outros intelectos perceber o eletromagnetismo, e daí para o rádio e a televisão, foi um pulo. A matemática é “inventada”, desenvolvida nos bastidores, como exemplo máximo de criação do intelecto humano, e permitiu transformações globais, com impactos diretos em nossa realização do viver. E isto aconteceu muitas vezes. A ciência que nada cria, que nada inventa, que nada produz de novo, também transformou o mundo. A ciência apenas percebe e busca provar o que já aqui existe e que talvez tenha sempre existido, e mesmo assim muito transformou. A transformação ocorre continuamente, nosso cérebro individual é plástico e está sempre se transformando, nos transformando continuamente, sou agora já um pouco diferente, transformado por assim dizer, do que eu era quando iniciei este texto, o fato de eu pensar, por si só, me transforma. Sou um ser altamente induzível, sou induzido por palavras, por atos externos, por percepções e etc. Se no nível do individuo sou um eterno transformado e um eterno transformador, na média social, esta transformação é muito mais lenta e muitas vezes transparente. Mas o Social é o aumento exponencial da complexidade do neuronal, o social “exponencializa” a complexidade do mental, e se o corpo vivo do social, que somos nós, cada uma de nossas mentes é uma espécie de organela neste ser social, e assim como quando um órgão meu sofre, alguma transformação no todo também se reflete. Quando uma mente sofre uma transformação, o social também se transforma, mas uma mente é um algo muito pequeno neste maravilhoso monstro social, que é o todo social.
A história mostra esta exata transformação. Fui simiesco, virei humanoide, virei erectos, habilis, sapiens, e estou no caminho de ser um novo sei lá exatamente o que. Comecei como replicador simples, bactéria, vivi no mar, cheguei a terra, fui anaeróbico, hoje sou aeróbico, a evolução biológica atua transformando os indivíduos, agindo no próprio indivíduo ou no grupo, e também por simbiose. A transformação é um fato contínuo. Transformar não significa melhorar, não significa ser mais ético, justo ou mais poderoso. Horas me transformo para melhor, horas para pior, e cada uma das transformações individuais refaz a transformação social, e esta atua como indutor de transformação individual.
Somente a cegueira prepotente pode afirmar que não existe esta tal de transformação, que é hipocrisia crer ser possível uma verdadeira transformação. Ela sempre esteve conosco, mesmo muito antes de que o primeiro ser pudesse ter neurônios ou mesmo capacidade para pensar, seja lá isto o que quer que seja. A transformação sempre foi nossa companheira, muito antes de sermos nós. A biologia, pelo menos uma vez esteve a frente da física, e foi quando Lavoisier afirmou, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, e hoje é um paradigma da física a lei da conservação, em especial da energia. Socialmente fomos nômades, patriarcais, fixamos morada, criamos bandos maiores, formamos sociedades, e hoje destruímos continuamente nossa sociedade e nosso lar. Fomos bandos, cidades estados, absolutismo, monarquia, democracia, república, parlamentarismo e etc.. Fomos politieistas, teístas, deístas, panteístas, monoteístas, agnósticos e ateístas. Fui católico, espirita e hoje sou materialista ateu.
A demagogia não nos leva a lugar algum, mas como tudo, até mesmo a demagogia nos transforma, nem que seja em seres mais banais, mais ridículos, mais hipócritas, mas falaciosos. A demagogia vista a luz dos ingênuos e dos ignorantes parece bela, é verdade, mas o que possui de bela realmente possui de perigosa e perniciosa, mas a demagogia de alguns, possivelmente minha ou de alguns dos meus leitores ou críticos, não é certeza de que é a demagogia de todos.
Não vejo o homem como um animal histórico. Sou um realista, vejo-o como um ser animal, neuronal e social, que vive unicamente o presente, mas não posso ignorar que o passado fez história, alias fez muitas histórias, e acabamos sempre, no geral, para os leigos, conhecendo apenas a historia dos ganhadores, dos perdedores sobra o descaso e muitas mentiras. Somente o vencedor conta a história vulgar. Eu prefiro ler o livro do presente, aquele que posso questionar diretamente, que possa experimentar, que possa reproduzir, do que ler o livro da história. Gosto muito de história, para tentar entender um pouco do que fomos, mas amo a realidade do momento presente como forma de realmente aprender o que somos. A leitura desta história, não da história dos fenômenos, superficiais, me mostra e corrobora minha crença de que a transformação é um fato comum em qualquer momento desde que o big bang aconteceu, primeiramente no nível subatômico, depois no nível atômico, depois no nível molecular, depois celular, depois biológico e depois social (da física fez-se a química; da química fez-se a biologia, da biologia fez-se o mental; do mental fez-se o social e daí pra frente ainda estamos transformando).