Sobre amigos
Amigos são como árvores frondosas que oferecem sombra em tempos difíceis. Porém, só os têm quem planta!"- Charles Swindoll
Perambulando entre achados e achismos, encontrei esta frase. Enquanto refletia me pus a pensar em meus amigos, e muitas árvores vieram na imaginação, mas preferi juntá-los em uma árvore só, e deu nisso:
Penso que crescemos juntas, eu e ela,
Ou quem sabe eu e elas,
Sim, elas. No quintal da minha casa no interior do Pará conversava com muitas delas, brincava sozinha entre muitas árvores, que findavam sendo minhas amigas, confidentes das fantasias da infância.
Mas nem só de árvores amigas se vive...
Agente cresce...
E após um certo tempo, se pode visualizar uma árvore de amigos, uma árvore diversa, tão diversa quanto a vida.
Essa é se faz útil e necessária, quer para chorar tristezas, como para descansar dos dias que parecem não acabar.
A árvore de amigos pode te fornecer a sombra apaziguadora quando sóis impiedosos te esgotam, pode saciar sede quer de água, quer de amor, quer de amor do amor...
E como em tudo nessa vida, tem seu quinhão perecível, bom na medida e quando tem que ser e finito ao tempo certo de acabar. Sua parte renovável é rotina da sua natureza, fica realmente, e unicamente, aquilo que tem que ficar.
Entre frutos e flores, folhas e galhos, sementes e pólen, sóis e chuvas, clorofila e adubos, primaveras e verões, outonos e invernos, ficam muitos grafos de lembranças...
O quão frondosa é minha árvore de amigos?
O quão enraizada?
E a resistência a ventos e tempestades, secas, estiagens?
O melhor de minha árvore, não é que produza flores ou frutos, nem que tenha a copa mais majestosa, o melhor dela é feito no que não se vê no que está guardado, no que ficou difícil de ser arrancado. Os valores da minha árvore têm proporções inversas e apenas o que se integra a raiz é realmente onde poderei encostar meu ombro dolorido em desabafo, e falar e falar e falar, e depois calar e calar e calar...
É assim minha árvore de amigos.