Tempo

Mas afinal de contas o que é o tempo? E por favor, não me venha com nenhum conceito de dicionário embaixo do braço que esse eu não aceito. Em uma oportunidade bem interessante eu perguntei quanto tempo dura um mês? E ainda bem que fiz essa pergunta para mim mesmo, por que sempre tem um engraçadinho para dizer: “São trinta dias”.

Quando penso nesse assunto, ao contrário de grande parte das pessoas a ultima coisa que me vem à cabeça é um ponteiro, dando voltas em torno de um circulo que determina os minutos de cada vida... uma que começa... outra que termina. Em verdade o que busco neste espaço são as relações construídas nele, são as várias possibilidades que este senhor de toda a vida nos permite ou não.

Tempo! Uma seqüência inenarrável de acontecimentos em que estranhos passam a fazer parte de sua vida, e com o tempo tornam-se sua vida. Onde a intimidade são só simples e automáticos passos à frente. E que com o passar dele mesmo, o tempo, vocês abandonam essa condição de dois, e tornam-se um. Com duas cabeças, dois corações, mas um pensamento: O de ficarem juntos.

Mas, talvez tenhamos nos distraído, porém eu lembro, e falamos nas impossibilidades, e dentro destas está o fato de que por mais que sejamos um, somos diferentes. Amamos, mas somos imperfeitos. E mesmo de mãos dadas corremos o risco de nos perdermos. E é exatamente onde nos encontramos de frente do velho baú da vida, onde guardamos toda essa seqüência de acontecimentos ao qual damos o nome de experiências. Então conversamos. Tomamos cada um, posse de sua individualidade e chegamos à triste conclusão de que mesmo as coisas que duram para sempre, se perdem na inconstância do tempo. E só os momentos são eternos. Por que mesmo que seus donos se percam por alguma faceta do tempo... Eles ainda sobreviveram pela eternidade.

Tristeza! Tristeza! Tristeza... Beleza estranha. Estranheza.