IR PARA OUTRO... COMO?

Na tarde de 16 de junho de 2013

Ir para outro carregando-te sempre comigo? Ah, não, nunca, nunca mais. Tudo de que preciso é ser visceralmente fiel e leal, comigo, contigo, e leal com homem hipotético, futuro, que jamais virá, ou com outro de tempo que há muito, há muito já não há, que nunca nenhum homem poderá voltar, ou outro vir, ainda que ao preço dessa minha terrível, inacreditável, inumana solidão, solidão sem saídas, quaisquer, também para nós dois, visto que a outros seres devo, também, lealdade e respeito fundíssimos. Destino inalienável que me coube e cabe, ainda que apenas a mim. Ainda que apenas. Ainda que. Porque tu és livre, como sempre, nunca te busquei alienar de tua liberdade, jamais. Jamais.

Tivera eu compreendido, a tempo, a inexorabilidade de tal destino... Ah, tivera eu... ninguém inocente teria pago o seu próprio preço por ter me encontrado nesta vida. Ninguém. Nunca. Ninguém. Por isso, vivo a pedir perdão. Vivo a pedir perdão.

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