Redigindo Memórias
Redigindo memórias que saltam de minha essência bucólica, exteriorizo um mundo de imagens oníricas, que dançam sob minha existência, a música teatral da vida, revivendo o passado morto que pulsa ainda vivo dentro mim. Jorram-se para fora lembranças nostálgicas de realidades inexistentes existentes apenas na essência de meu ser. Contendo todo o passado queimando o âmago de minha existência, mergulho no pélago berçário umbroso das memórias latentes na escuridão infinita do ser; e em meio às trevas misteriosa do mundo interior, reencontro aqueles que amei profundamente nesta vida; sorrimos, brincamos e rodamos novamente o filme de nossas vidas. Volto-me para a realidade exterior com sensação de nunca ter perdido alguém, como se vossas existências pulsassem junto à batida de meu coração, compondo fragmentos de meus sentimentos, para dar forma àquilo que sou hoje.
Sob as cascas do esquecimento, todos me esperam silenciosamente; e no fim, quando a morte vieres me buscar, levarás contigo não só minha existência, mas sim de todos aqueles que um dia amei profundamente em vida. E juntos, sob o véu do desconhecido, seremos confundidos à morte misteriosa, mas vivendo eternamente nas lembranças de outrem…