A paixão dura por um tempo, o amor é eterno
Muitos já se apaixonaram, mas poucos na vida amaram.
Um dia pensei que amar era ter alguém para estar ao meu lado todo tempo ,me sentir bem o tempo todo, ter alguém pra concordar com meu ponto de vista e me incentivar a ir em frente, reciprocamente. Então, descobri que quando estas coisas aconteceram eu estava apaixonada, e o encanto de uma paixão não nos permite enxergar com os olhos da razão.
Então, quando nossos caminhos se rompem em direções diferentes, e já não falamos a mesma língua, e nem temos mais o mesmo ponto de vista, vem os descontentamentos. É bem aí que deixamos de estar apenas apaixonados e começamos o exercício de amar. Para amar temos que deixar de lado o eu, em busca de um nós. Temos que continuar juntos mesmo pensando diferente, incentivar mesmo sem concordar, e deixar de olhar na direção que queremos, pra olhar na direção que devemos. Não temos que olhar um para o outro, mas sim os dois na mesma direção. Isto causa dor, diferente do que pensa a maioria dos apaixonados.
O amor tudo suporta, portanto é eterno. Se acabou, não era amor e sim paixão. A paixão dura só até o encanto acabar, por isso podemos nos apaixonar várias vezes por várias pessoas, sem nunca ter amado. Mas se é amor, não necessariamente o encanto desaparece, porque é possível se apaixonar várias vezes pelo mesmo amor.
O amor se descobre a cada dia, se revela em cada batalha, se mostra mesmo no erro, no defeito, na dor. Está presente no sim, no não, no querer e no não querer, e não importa se é tempo de chorar ou de sorrir, ele sempre vence, continua, se perpetua... usando exatamente aquilo que destrói as paixões para se fazer mais forte: o descontentamento, as frustrações, as decepções.
O amor a tudo perdoa, se não perdoasse não seria amor, e não seria eterno, pois duraria apenas o tempo de uma paixão.