ABANDONO

Estando tão próximo o dia dos namorados me pergunto o porque deste abandono.

Isso seria compreensível caso eu não tivesse dito namorado, mas ele existe e é eternamente meu. Foi meu na infância, na adolescência e ainda agora, na maturidade.

Ainda que distante, sinto sua presença em todos os momentos. Sinto sua mão na minha, seu abraço que protege, seu olhar velando meu sono. Finalmente, sinto sua alma entrelaçada a minha.

Ele está lá, em algum lugar e no entanto, esta sensação de vazio permanente me enlouquece.

Há momentos em que o abandono se torna insuportável. A dor da ausência corrói, consome, mortifica.

Fujo, busco em outros braços a proteção que só encontrei nos seus, busco em outros olhos o amor que só vi nos seus e finalmente, busco em outras almas o que somente a sua pode me dar.

Um poema, uma palavra, um sussurro........menos este silêncio.

itapira
Enviado por itapira em 10/06/2013
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