Apenas um menino...

Homem?

Não! Apenas um menino.

Algumas pessoas já me ouviram dizer que eu não trocaria os meus 29 anos de idade pelos meus 19 ou mesmo nove. E a razão é óbvia... Afinal, a experiência adquirida vale bem mais do que a beleza juvenil (pelo menos para mim). Porém, desculpe-me se pareço contraditório, o fato é que, especialmente hoje, eu tenho sentido saudade da minha terna infância e da sua irmã inocência.

Ser adulto, por vezes, é chato e estranho e confuso!!!

Vou tentar explicar...

A gente cresce em estatura, mas parece que não em graça. Nós (os adultos) temos uma forte inclinação por complicarmos as coisas pelo simples prazer de tornar tudo ainda mais difícil (como se viver, por si só, não fosse um desafio imenso). Desaprendemos a arte de conversar e achamos que o mais fácil é mesmo desistir e partir para uma outra.

Como assim?

Será preciso convocar as crianças, pedindo-as que tomem as rédeas das várias situações, a fim de nos ensinar que “somos responsáveis por aqueles que nós cativamos”? É necessário que nos ensinem que o amor é simples de ser conjugado quando tudo está perfeito, em ordem, limpo e cheiroso, mas que o extraordinário do amor habita na desordem e no caos? Em outras palavras, devemos realmente recorrer às crianças para que elas nos eduquem a permanecer amando, mesmo quando tudo concorre para uma eminente fuga?

Perdão se eu ainda não me faço compreendido, devo ter perdido a capacidade de ser claro e objetivo, como eu costumava ser quando criança. Cresci e ganhei muitas coisas em detrimento de outras tantas, mas vale saber se perdê-las compensou o progresso natural.

Tem sido muito comum tropeçar nas besteiras espalhadas pelos adultos, que dizem e acontecem e no fundo não fazem absolutamente nada! Eu sei, eu sei... Que, às vezes, o que a gente mais quer é se afundar no colo da mãe por medo do escuro, como se nunca tivéssemos crescido. No entanto, crescemos poxa!!! Dá para se comportar como gente grande nessa hora? Pelo menos agora?!

Ou eu vou passar a acreditar que ser adulto é definitivamente um estágio deprimente da espécie humana, e que bom mesmo é voltar a ser criança com toda a sua genuína simplicidade.

Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 10/06/2013
Código do texto: T4334488
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