Hoje eu posso dizer que eu sei quem sou!

Desde que me tornei adolescente veio me questionando sobre quem eu sou, durante muito tempo essa pergunta me incomodou. Me deixou sem dormir, me roubou tempo, me irritou.

Mas hoje eu sei quem eu sou. Eu sou um pouco do que os meus pais me ensinaram a ser, das lições diárias que me fizeram aprender. Do amor incondicional que me fizeram sentir. Das incontáveis palavras de incetivo, mesmo quando a realidade era “dura” de mais para ser otimizada.

Um pouco dos meus irmãos que fizeram da minha infância a melhor do mundo, que sonharam comigo, sorriram, cantaram e choraram também. Que dividiram comigo as dificuldades, os problemas de viver em família sendo a nossa tão grande. Onde aprendemos o valor da aceitação, onde aprendemos a nos respeitar. A fazer da nossa família uma fonte de amor, mesmo com todas as imperfeições. Por que não existem famílias perfeitas, mas sim pessoas que sabem o valor que cada uma tem em suas vidas. Onde nada é só flores. Onde conhecemos o maior amor do mundo.

Um pouco dos presentes que são os meus sobrinhos que fortificaram o nosso amor, que me envolveram com o seu mundo infantil, e me fizeram a voltar a ser criança. Com eles reconstruí uma parte de mim que havia perdido: “a inocência de acreditar que todos os nosso sonhos são possíveis”. Aprendi com eles mais do que eles poderia ter aprendido comigo.

Não me envergonho com isso, afinal quem não se encantaria com os olhos brilhantes de uma criança descobrindo suas primeiras palavras, ensaiando seus primeiros passos, se derretendo em uma gostosa gargalhada por coisas simples da vida? É essa simplicidade das crianças que me deslumbra.

Sou um pouco dos meus amigos e colegas que abriram as portas de entrada do mundo para mim. Sou o que aprendi com os meus professores, com quem aprendi a amar os livros, as letras, as lições. Me preenchendo da forma mais profunda: com o conhecimento.

Sou um tantão do que vivi, do que sonhei, do que perdi e ganhei. Sou um pouco mais do que achava que era e bem mais importante do que acreditava ser.

Sou um pouco do que a poesia fez de mim, que existe em mim, que vive em mim, que mora em mim, que fala por mim. É tudo de mais sincero que sou. A poesia que está aqui é um pouco de tudo que os meus olhos vêm e o meu coração é capaz de sentir.

Sou tudo e mais além do que as pessoas podem imaginar, porque apenas eu consigo me ver de verdade.

Sou Jéssica. Acredite ainda há muito mais a acrescentar.

JÉSSICA ANDRADE
Enviado por JÉSSICA ANDRADE em 09/06/2013
Código do texto: T4333399
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