Glory Box
A sensação do bobismo, da indiferença.
A sensação da ausência, do tanto faz.
Será que somos seres tão evasivos como fazem nos sentir?
Será que aquilo que acreditamos ter de especial só é bonito aos nossos olhos? Será? Será...? Será?!
Só meus olhos se agradam ao ver cabelos dançando no vento?
Só meus ouvidos apreciam sons e melodias com tons nostálgicos e por vezes sensuais?
Só eu possuo a vontade de revelar mais de mim mesma ao simplesmente ouvir uma música?
Só eu tenho vontade de encher uma mochila com roupas e ir descobrir a vida encoberta?
Sorrisos escondidos, vozes caladas, ações abafadas.
Mascaras arquitetadas por obrigação.
Suas vontades, atitudes e gestos interiorizados clamam pelo ar puro, há momentos em que até parece ser possível liberta-los, ops, foi um engano.
Nosso mundinho pessoal, aquele que todos possuem...
Uns obscuros, outros sexuais, preto e branco. Mundo onde tudo é possível, onde você canta com aquele cantor que tanto ama, conhece lugares distantes e come comidas que são de encher os olhos.
O mundo exterior sim é o mundo de ilusões.
Como seria bom se pudéssemos nos mostrar completamente sem censura, sem exceções de características.
Sem exceções para nada, apenas ser o que se é.