COMPAIXÃO, (COM)DOR
Em meu sofrer
não há teus gemidos
Nos adejos de dor
não conduz o condor
Há um só um adeus, um temor
Mil preces improferidas
A Baco, a Prometeu
A Zeus
A um deus desconhecido
Reza à mágoa
Gotas de impura água
Ao fígado comido
Aos ateus
Aos que não têm sonhos
Nem céus
Promessa aos deles
Aos não meus
Ao que recebi sem me ser devido
Não saboreei nem permiti
Que alguém gozasse em ti
O gozo a mim prometido.