Era uma vez, entre tantas vezes...
Havia o homem pedra, havia o homem ar, havia o homem fogo. Havia o homem água. Havia o homem peixe que antes era planta e depois já era ave e até macaco antes de ser homem de verdade; Ah! haviam tantos tipos de humanos em seus reinos. Mas só onde queríamos achá-los, olhá-los e amá-los... E assim, a natureza sempre está a nos expressar toda sua humanidade.

A efemeridade das coisas remete-nos a eternidade dos bons momentos. E foi num desses raros instantes, que um amigo, numa hora de afabilidades e desvendamentos disse a ela:

- A visita de tua irmã vai te fazer bem. Vives sozinha...
 
E ela já velhinha e distante de sua terra, de seus familiares, sua mãe, seu pai, irmãos, sobrinhos, filhos, netos e bisneta, e tantos outros entes queridos, falou mansamente, como se a ninguém precisasse provar nada:
 
- Este evento é eventual e passageiro. Mas meu reino, este sim é para sempre, pois meu reino não é deste mundo. E no meu mundo, que não é este de cá, nem aquele de lá, cada um é rei no seu reinado. Da condição de estar só, estou sóbria e consciente, porém do ser sozinho já estou livre, pois o meu reino me libertou para sempre.
 
Por que? Nossas almas ancestrais e descendentes presentes ou ausentes estão em si entrelaçadas pelo sentimento são eternas e seus corpos não têm e nunca terão poderes para mudar esta realidade atemporal.  Uma permanência   no tempo que já era antes de ser e será depois dela já nada ser, embora continue sendo já que o seu reino não é deste mundo.
 
E foi aí que a velha Senhora pensou, Ele falou isso  onde todos queriam saber sobre seu reino, mas Ele humilde nas suas vestes rotas, quase desnudo, tinha a segurança da fé, que só a certeza de pertencer ao seu reino lhe dava... E Ele disse: O amor é tudo. Parece que tinha razão este mistério ainda persiste nas profundezas da fé.
 
In: 'Procurando Humanidades' prosa de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 30ABR2014.







Procurando Humanidades

'A efemeridade das coisas remete-nos a eternidade dos bons momentos'.
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'A Natureza sempre está a nos expressar toda sua humanidade'
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'Havia o homem pedra, havia o homem ar, havia o homem fogo. Havia o homem água. Havia o homem peixe que antes era planta e depois já era ave e até macaco antes de ser homem de verdade; Ah! haviam tantos tipos de humanos. Mas só onde queríamos achá-los, olhá-los e amá-los...'

In: ´Procurando Humanidades' pensamentos de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 10DEZ2013
Ibernise
Enviado por Ibernise em 06/06/2013
Reeditado em 28/04/2014
Código do texto: T4328810
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