Sou comum


Sou comum, tão comum, que chego a sentir vergonha do que os meus filhos podem perceber de mim, ou melhor, do que os meus filhos, além de ser seu pai e os amar podem não perceber de mim, um inútil para a sociedade, um transparente para o viver, um comum, apenas mais um, nada incomum, que se perde na desumanidade coletiva. Meus filhos mereciam um pai em plena realização de sua humanidade, um ousado transformador, um vanguardeiro da dignidade humana, um desbravador de mentes pelo bem social, alguém que deixasse exemplos de coragem e ousadia na luta direta por uma equidade e inclusão social e pelo fim dos preconceitos que segregam e destroem nossa humanidade...
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 02/06/2013
Reeditado em 02/06/2013
Código do texto: T4322310
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