Castelos



Castelos, sempre segregaram. Os de dentro se acham a própria raça humana e aos de fora sobra apenas ser o complemento sem valor do todo.
 
Muitos lugares existem, e onde houver castelos ai existirá a segregação e a exclusão humana, os de dentro e os de fora, os dignos e os indignos, os senhores e os servos, os donos e os vassalos, os poderosos e os miseráveis. Muralhas, fossos, seguranças e portas reforçadas demarcam bem a nobreza, a realeza, os donos do capital e das produções, contra os proletários, pequenos camponeses, os excluídos, os abandonados e o resto, apreciado apenas e tão somente, pela elite financeira, politica, cultural e econômica, como mera escória, mão de obra barata e rejeito necessário da sociedade.
 
Castelos e choupanas, palácios e favelas, burgos e casebres, solares e abandonados a sorte da rua e dos campos. Castelos serão sempre a imagem do poder de poucos sobre muitos.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 01/06/2013
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