Abóboras

E um ditado popular lembra: "Que é no andar da carruagem que as abóboras se agasalham"

Não devemos entender ao "pé da letra", mas se durante sua vida você ficar parando para arrumar a sua bagagem, simplesmente não viverá. No entanto, existem situações que você é obrigado a parar e jogar fora algumas abóboras que estão atrapalhando, caso teime em prosseguir, poderá jamais concluir sua viagem.

A questão é que não aceitamos muito bem a ideia de mudanças, enquanto existirem paradas ao longo da viagem e inseguranças associadas as nossas ações, não jogaremos fora o que esta atrapalhando a nossa caminhada. Algumas pessoas até gostam de carregar muitas abóboras, e não percebem com isso o quanto envelhecem rapidamente.

Sem essa que carregamos o fardo que nos foi designado, aliás muito pelo contrário... Carregamos aquilo que deixamos entrar em nossas vidas, e ainda não nós desfazemos porque até o momento não esta nos incomodando.

Uns até gostam de carregar mais abóboras, é o filho que cresceu, a nora, o sobrinho, o esposo, a sogra, os parentes e até mesmo os inimigos. Temos em nós, uma tralha de abóboras que só fazem atrapalhar. Não apenas dos familiares, mas das recordações, das amarguras, das vontades desfeitas, do pesar, até mesmo de nossa incapacidade de perdoar, ou mesmo aceitar que as pessoas não são como queremos que elas fossem.

No conto da Cinderela as abóboras se transformam em carruagem e a meia-noite voltam a ser o que eram. A meia noite de cada dia, não deixamos de ser o que somos. Assim, se você não der um basta, ninguém o fará por você.

Não viva sua vida como um conto de fadas, pois a carruagem voltará a ser abóbora, e nesta hora você terá que escolher entre andar com seus próprios pés buscando um mundo ou ficar para comer abóboras.

Ao longo da vida, eu já parei várias vezes para jogar abóboras fora. Afinal, devemos nos desprender daquilo que nos amarra.

Saudações
Longânimo
Enviado por Longânimo em 01/06/2013
Código do texto: T4319849
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