O titular é o povo
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Quando gestores públicos, equivocadamente, acreditam que as vaidades pessoais sobrepujam as obrigações sociais, estamos diante da iminência do caos. Enquanto havia, de um lado, desmandos e, do outro, silêncio, mantinha-se o status quo. Entretanto, quando o lado oprimido, hipossuficiente, entender que os eleitos, quase sempre eleitos por meios ilícitos e escusos, nada mais são que representantes; quando o povo entender que a legitimidade do poder é dele... Somente a partir dessa conscientização é que poderemos, finalmente, fomentar nas sociedades que a soberania popular emergiu das cinzas, saindo da letargia cega da alienação.
Infelizmente, os que rezam, oram, adoram - temendo as belicosas armas de fogo - silenciam e buscam, na transcendência, a solução para os conflitos terrenos, acreditando e nos fazendo crer que a felicidade não está aqui, mas alhures; infelizmente, os homens das armas, os soldados, os guerreiros - presos a leis que se fizeram assim, castradoras, acreditam que as armas só devem ser utilizadas contra os oprimidos, desvalidos; infelizmente, o sistema seduz e corrompe quem está nas 'estrelas' - e os galácticos massacram quem, efetivamente, usa as armas... Infelizmente, toda uma coletividade alienada por um sistema midiático corrupto, também corrompido, encanta-se com notícias criminosamente veiculadas, falseando a verdade; infelizmente, em nossos lares, temerosos, assistimos a uma onda de crimes, assassinatos... Assistimos a repórteres mostrando como e quão bom é matar, roubar, furtar, mentir, trair - e depois se (re)elegem, todos amparados por um sistema 'eleitoreiro' falho que permite a propaganda antecipada e diária desses manipuladores da verdade, falseadores de si mesmos, que, travestidos de anjos do bem, plantam, subliminarmente, a semente do mal.