Julgamento
Até quando julgaremos uns aos outros? Até quando apontaremos os defeitos alheios sem ao menos olhar para nós mesmo? Julgamos em um ato de imprudência ou de muita prudencia, julgamos em todos os atos. Como se fossemos deuses, algo ou alguém superior, e então continuamos a julgar a cada pessoa que vemos nas ruas. Julgamos no plural, no singular, no pretérito imperfeito e no perfeito também, julgamos de todas as formas imagináveis e inimagináveis também. Nós julgamos sem perceber, julgamos porquê odiamos ou apenas porque está em nossa natureza humana julgar a todos e a tudo. Nós julgamos e nos achamos os donos da razão, quando mal sabemos que a razão não tem dono. Julgamos sem perdão, julgamos e tenho dito que julgamos pois julgamos.
O julgamento não cabe nem ao juiz quanto mais a nós, reles plebeus da classe trabalhadora. Não lutamos para obter nossos direitos, mas julgamos, só sabemos fazer isso, julgar, julgar e julgar outra vez. Julgar sem parar. É isso que fazemos e que atire a primeira pedra quem nunca julgou alguém!
O julgamento é injusto, é corrupto, é nojento e sem fundamento por vezes, por varias vezes. E é assim que se segue a historia, julga, erra no julgamento, pede desculpas, pede perdão e por vezes recebe perdão, por vezes não.