No limite da razão pura


No limite da razão pura mora o perigo da dureza ou da ditadura do saber ou da lógica. Somos humanos, a razão é importante, para mim em especial a razão é deveras importante, mas o amor, algum altruísmo e certa emoção são também importantes e servem de contraponto para equilibrar a razão e dar humanidade a fria lógica e a rígida análise crítica de uma experiência do viver racional.
No extremo, ambos, tanto a razão quanto o amor são perniciosos, um leva a dureza de espírito e o outro leva a fraqueza do mesmo espírito. A razão sem amor é um passo para a radicalidade do saber, e o amor sem razão (de início amor sem razão não é amor) pode ser muitas coisas mas não seria a plenitude do amar,  e seria a perdição da fraqueza. Amor e razão, razão e amor, duas presenças que se completam e que são de forma inteiramente entrelaçadas mutuamente dependentes para que cada uma possa brilhar, em uma humanidade onde a dignidade do viver seja socialmente plena.
Ser verdadeiramente humano é Amar de forma racional e racionalizar com amor.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 28/05/2013
Código do texto: T4314353
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.