Destruindo a superficialidade

Sou apenas um cara que aprendeu com a vida que o silêncio é a maior arma contra os ignorantes e admiradores da fúria. Aprendi que é melhor ouvir toda essa gente burra falar asneiras e só dar uma risadinha, porque no fim o que eles sempre procuram é discussão.

Mesmo que te julguem, rotulem ou sentem no próprio rabo sujo e venham falar do seu, é melhor ficar calado e rir.

Aprendi que as pessoas nunca sabem dos seus segredos nem participam da sua vida, que não dividem seus sentimentos e, mesmo assim, sempre sentem prazer em apontar o dedo e te julgar, por algo talvez que nunca tenha feito.

Mas o ser humano é assim. Faz isso para livrar a culpa da sua alma, para lavar toda sujeira que tenha feito nessa vida. Para apagar todos os erros, todas as mancadas e sacanagens que cometeram com outras pessoas, eles transferem tudo pra você.

A essas pessoas, aprendi a dar o silêncio e a maravilhosa risadinha irônica no meu interior. São pessoas frívolas, que não sabem os sentidos das palavras; são fúteis, volúveis, que falam mais que a própria voz possa suportar.

Hoje expresso minha perplexidade e minha piedade por serem tão cegos de sua própria cegueira. São pessoas que vivem em plena escuridão; pessoas baldadas, frustradas sentimentalmente e malogradas na vida. Que estão caminhando por um solo infértil e convencidas de que estão no caminho da luz, que adquiriram sabedoria e que estão dotadas de retidão. Mas incapazes de perceber quão vagas estão suas almas e suas percepções do mundo e pessoas à sua volta.

Aprendi a observar antes de julgar, porque sempre que julgamos alguém, estamos limpando alguma sujeira nossa do passado. E de nada adianta limpar nosso passado, se nossas almas já estão vazias, se nossos corações ainda são levianos, se somos incapazes de perceber nossa própria cegueira, e assim, libertarmo-nos.

Aprendi que não adianta dar corda aos loucos, pois eles sempre voltam, eles sempre falam, mas eles nunca entendem. Aprendi também que preocupante não é a visão que as pessoas tem de você; às vezes essa é a própria visão que elas tem de si mesmas. Que o importante mesmo é rir, engolir o vinho doce da amargura alheia e perceber que estas pessoas simplesmente queriam ser como você, caminhar teu caminho, sair da escuridão, se libertarem da cegueira de suas almas e assim, deixarem de ser tão vazias.

Jey Leonardo
Enviado por Jey Leonardo em 26/05/2013
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