Faça seu próprio percurso!

Cada trajetória é única e indissolúvel.Utilizar o exercício masoquista da comparação com outrem é uma maneira ilusória de negligenciar nossas particularidades.Não somos apenas o que aparentamos ser: somos contextos, circunstâncias, erros, acertos, aprendizados, influências.

Na ânsia de enquadrar-se em um padrão, as diferenças individuais são esquecidas, suas estruturas são ignoradas.A sociedade exige pessoas homogêneas, com caminhos iguais, personalidades idênticas, sonhos parecidos.Renunciar a este paradigma do enquadramento é libertador.

Devemos construir nossa estrutura de acordo com a nossa base, desenvolvendo todas as potencialidades possíveis.Seguindo este preceito, o que não conseguirmos realizar está fora de nosso alcance.É irreal ir além de nossas fronteiras interiores: nossos limites devem ser respeitados.Isso não quer dizer que nossas conquistas estão restritas, e sim que há um mar de possibilidades que se encaixam em nossa realidade.Basta resgatar a essência e avaliar as oportunidades.

É incompreensível pensar que, em tempos modernos, em que há tanto acesso à informação e recursos, a depressão seja uma doença recorrente.Enxergamos a chave da questão na confusão mental propiciada pela própria contemporaneidade: a substância é dissolvida, os estímulos são tantos que há dificuldades para o encontro consigo próprio.

Hoje, desafie-se a aceitar as suas características únicas.Você é um ser único que, por mais que haja tentativas de imitação, nunca será reproduzido em suas peculiaridades.E o outro também é assim: alguém exclusivo, gerado por um processo ímpar.Na busca pelo arquético massificado, corremos o risco de perder a referência de nós mesmos e cegar-nos diante da beleza do singular.

Giuliane Lorenzon
Enviado por Giuliane Lorenzon em 25/05/2013
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