SAL E LUZ

Num contexto social da Ação do Evangelho, Jesus propõe o estilo: “Ser Sal e Luz”; E como tudo o que disse, Jesus exemplificou a orientação em vida.

Seu estilo foi discreto, mas marcante.

Seu jeito foi desafiador, porém simples.

Abriu mão de discussões sem sentido, mas não se furtou de posicionar-se.

Diante da glória dos homens, simplesmente fugiu.

Diante de uma mãe que buscava a cura da filha, mudou de idéia e abriu mão do descanso.

Não se furtou de elogiar um Centurião nem de eleger um Samaritano como herói.

Diante da cúria religiosa Judaica, foi duro ao denunciar a hipocrisia classificando-a como: “Filhos do diabo”.

Poucos ouviram.

Poucos creram.

Poucos seguiram.

Com o passar do tempo, reinventaram Jesus. Ele passou a ser o “fundador” de um sistema religioso. Sistema este que bancou reis e imperadores. Sistema que “doutrinou” povos e “matou” culturas. Sistema que organizou exércitos e conquistas em que milhões de pessoas foram mortas. Basta uma simples leitura nos livros de história que tais afirmações podem ser confirmadas.

O tempo continuou folheando a saga da humanidade e a figura criada de Jesus continuou a se adequar de acordo com o sistema. Hoje o “jesus criado” é capitalista e muitas de suas “igrejas” são fontes de pregações em que a figura do homem se impõe como “legítimo ungido” e o importante é “conquistar”.

Mas, assim como foi naqueles dias em Israel, a Mensagem de Jesus continua hoje. Levada pelo Vento e encontrando pouso em corações simples que não se deixam levar pelos muitos “jesuses”. Tais corações simples, absorvem na vida o exemplo do Carpinteiro que continua a ensinar onde quer que haja um ouvido para ouvir.

Discreto.

Marcante.

Desafiador.

Sal.

Luz.

E os que assim crêem, vivem e falam; pensam e multiplicam; num ciclo constante de Amor à Deus e ao próximo. E assim, longe dos holofotes, seguem o Caminho. Agradecendo pelo pão de cada dia e crendo que há um Sentido Maior Naquele que o convidou e fez de cada um: Sal e Luz; ainda que poucos ouçam; creiam ou sigam.