A Podridão da Alma
Escuridão fria e silenciosa, lamuriando em seus ouvidos o silêncio que rompe a represa lúgubre de seus pensamentos. A esclerótica dos olhos se envermelham. O sono cavalga para longe de ti; e as vozes na sua cabeça quebram o silêncio manifesto pela noite. Demônios com vozes sardônicas, Ludibrias, orquestram cânticos melancólicos em sua consciência, afogando sua alma no oceano pútrido de si mesmo. Sua mente se tornou morada das larvas que comem esfomeadamente a carne imaterial de sua alma, deixando o rastro fétido de sangue na essência morta de seu ser. A putrescência de sua alma exala o odor da decomposição da vida; o augúrio anuncia a pestilência que infecta cada canto de seu ser, vazando pelos olhos em forma de lágrimas cristalinas. O sono lhe estende as mãos e a consciência pútrida mergulha suavemente no mundo dos pesadelos. A realidade morta de sua vida reflete no mundo onírico a desesperança amarga de seu destino. A Inexistência se torna um sonho distante; O sono profundo se torna raso; A vida se torna a podridão da alma; E a morte seu estado eterno de espírito(…)