Fugindo da superficialidade

A superficialidade está presente em todos os âmbitos na vida.A primazia da primeira impressão diante do aprofundar-se é fruto do imediatismo humano.O temor em adentrar aos recônditos de algo ou alguém revela a natureza fóbica em destruir expectativas e afunilar seu campo de visão.

O verdadeiro trunfo é resultado do máximo esforço e da extrema dedicação.Um tema não pode ser fielmente discutido se não houver um conhecimento avançado de suas questões.Ao adentrar cirurgicamente em personalidades e assuntos, há um risco menor de perda de discernimento e ocorrência de decepções.

Na sociedade da vaidade, a estética é supervalorizada: muitas vezes, um relacionamento amoroso é pautado na aparência física do parceiro e este fator torna-se o elo primordial por anos.Como o que é vivo é fadado ao padecimento, com o passar dos anos, se o sentimento não for devidamente nutrido e sinceramente alimentado, o enlace amargamente sucumbirá.

No mundo concebido através do conceito de status, a posse de bens e objetivos é determinante no modo como se é tratado.Ter um carro caríssimo é, paradoxalmente, mais valioso que a integridade de caráter.Viajar a Paris é mais importante que o convite a uma conversa interessante.Frequentar o melhor restaurante é decisivo na aquisição de novos contatos.Um universo supérfluo e pouco confiável, onde o verdadeiro ser é negligenciado e, na ausência destes critérios de tratamento, é ignorado.

Desafie-se a combater a superficialidade.Aprofunde-se nas relações e viva experiências mais significativas, recheadas de prazer verdadeiro e sincero, dedicando-se a relações honestas e cheias de cumplicidade.Não se satisfaça com conceitos rasos, desconfie de imagens frágeis.A vulnerabilidade desta fina camada de proteção traz uma garantia pífia de apoio futuro.