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A tristeza insistemente invade meu pensar. Pensar que há anos luto contra a pesada realidade paralela de estar sempre mal. Mal estava eu quando olhei pro abismo e enxerguei ainda o melhor de mim lá no que eu acreditava ser o fim. Muitas vezes deixamos de lado o que vale a pena, e penamos por aquilo que não vale. Lágrimas desperdiçadas, pensamento gasto à toa. Não merecem uma gota de minha raiva, simplesmente nem se quer dão conta do livre arroto que de minha boca sai, pesar, era só pesar. O brilho daqueles olhos cinzas ainda me mantém em pé, me mantém... e me mantém. Forças estranhas emanam de mim, transformação mais uma vez? Do pó ao pó? Morro nos sonhos leves e sono pesado. Liberdade, sombria palavra de significado vão. Misturam-se sentimentos e indiferença, misturam-me. Constroi o murro das lamentações, redistribuindo senhas para estranhos, invadem-me, corrompem-me, liberam-me. A sensação de ser somente mais uma peça, substituam-na. E a dor de se sentir só não é mais a única coisa em comum com o mundo, é o que que há de comum entre muitos. Conter o furação é o necessário. Sem pensar mais, tenho que correr atrás dos olhos cinzas... Devo isso a você. Esteja aqui sempre pra mim. Amo você.

DLuca
Enviado por DLuca em 22/05/2013
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