Tenho medo de perder a razão. De não saber viver. Medo dessa inquietação constante abalando a mente. Medo de abrir a porta da verdade e perceber, afinal, que estamos todos sós.
Não há mocinhos nem vilões. Há boas e más histórias para serem contadas. Lágrimas de alegria ou dor para serem interpretadas. Cada um carregando na alma as marcas de um tempo.
Há esse espaço dentro do meu peito do tamanho do mundo. Ora suave, delicado e perfumado. Ora sombrio. Uma mescla acinzentada.
É estúpido fingir que não posso voar. Finco no chão.
A insensatez vai me levando ao início de tudo. Doce silêncio.
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