VIOLÊNCIA, violência...
Quantos anos serei palhaço, poeta ou cúmplice? Quantos gritos irei deixar no vazio? Violência contra o amor, porque amar não inventa, até tenta, mas descobre a razão do perdão, da recuperação, da superação, da vida.
Quanta violência solta no ar, dos sermões a turba ignara, das promessas de eternidade, do único certo entre os milhões de errados, dos poucos salvos contra a multidão de perdidos, das eternas crucificações. Quanta violência contra o pobre coração cansado, contra o choro dos desavisados, contra a fraqueza dos diferentes, induzindo-os a serem oponentes de si mesmos? Deus salve a palavra dos escolhidos, entre eles, os líderes de ocasião, das imensas casas esculpidas em ouro para as pobres comunidades, crentes em tudo, carentes em tudo, repletas do nada. Quantos poemas terei que escrever até que o palhaço faça sorrir o poeta?