Porque Deus existe
Um dia pensaram... Construiremos o maior templo e neste templo haverá um recipiente que com água simbolizará toda a justiça, a felicidade e a paz no mundo. Este jarro ficará sobre o batente de velas, que significará toda a benevolência, toda a luz e vida que o magnífico nos dá; e assim fizeram. Com o templo construído eles se surpreenderam ao perceber que a água que depositavam nos potes estava sumindo mesmo sem ninguém a beber. Então chegaram à conclusão que o próprio magnífico a estava bebendo. Isso desencadeou uma sequência de questionamentos que perdurou até o dia em que um dos responsáveis por acender as velas adoeceu e parou de trocá-las. As velas se consumiram aos poucos e acabaram, bem como as águas que sumiam começaram a ficar mais tempo nos potes, a ponto de não precisarem ser trocadas.
Disseram que pelo fato de não acenderem as velas o magnífico havia deixado aquele templo, e se não bebia mais da água oferecida é porque foi afrontado. Mas um dia um homem disse que não era o Magnífico que bebia a água. O homem contou ao povo que a água era consumida pelo calor das velas... Ele disse que o fogo aquecia o barro dos vasos e evaporava a água.
O homem que disse isso foi preso e morto, depois o velho que acendia as velas melhorou e voltou a acendê-las e a água voltou a ser consumida pelo magnífico. E enquanto houve quem acendesse vela no altar abaixo de onde estava a água, Deus veio sempre para bebê-la.